Já ouviu falar do movimento Gender-Bender? Além-gênero, em tradução livre, é um movimento que traduz o ideal de liberdade de escolha quebrando as definições de masculino/feminino e os estereótipos das formas tradicionais de gênero.
Nós sabemos que a moda brinca, há muito tempo, com os limites de gênero, aos poucos e nos detalhes, por exemplo ao inserir saias para homens e ternos mais retos para as mulheres, as divisões de roupas para homens e mulheres vão diminuindo. Mas, na última temporada masculina internacional, a discussão ganhou fôlego novo com o desfile da Gucci, e esse movimento vem ganhando mais espaço no universo da moda.
Essa nova fase da discussão sobre a neutralização dos gêneros na moda começou há cerca de cinco anos, quando o modelo Andrej Pejic (hoje Andreja) começou a desfilar para coleções femininas e podia ser tanto um menino quanto uma menina. Depois disso, Andreja abriu as portas para outros modelos transgêneros como a brasileira Lea T, mais conhecida por nós.
Tudo o que aparece na passarela, a gente sabe, demora mais um tempinho para pegar de vez nas ruas e as pessoas incorporarem esse estilo. Mas já temos exemplos internacionais de que a tendência pode pegar. A inglesa Selfridges, por exemplo, realizou neste mês de março o inédito Agender que é um projeto que propõe uma nova experiência de compras sem a divisão das peças em seções masculinas e femininas. Os analistas de moda acreditam que a abertura dessa nova sessão traz a discussão para o mercado massivo. Ainda vai levar um tempo para outras lojas adotarem esse conceito, mas é preciso ficar atento aos desejos do consumidor, que cada vez mais busca representatividade nas marcas.
Ponto para a moda por colocarem o gender-bender em evidência para um público maior.
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